#OPINIÃO - Insisto: não é a Terceira Academia!
- Felipe Giocondo
- 24 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
[ por Felipe Giocondo ]
O Palmeiras lançou hoje uma campanha para anunciar o novo uniforme. Sem me ater ao mérito estético, chamo atenção para o conceito escolhido: “Bem Vindos à Terceira Academia”.
Já escrevi sobre isso aqui, após a conquista do título da Libertadores de 2021, que essa não é a Terceira, e sim a Quarta Academia. Opiniões pessoais à parte, uma coisa é fato: o termo Academia é uma adjetivação nossa, adotada para enaltecer períodos e times vitoriosos. Não possui uma formalidade externa que nos obrigue a seguir critérios definidos por outros. Trocando em miúdos, é a gente que decide quando e como usar. E se é assim, porque o próprio Palmeiras não reconhece a grandiosidade da década de 1990?

Foto: Estadão Conteúdo
Onde ficam na história nomes como Edmundo, Evair e Marcos, entre tantos outros? Onde entram alguns dos nossos maiores jogos e títulos, como a final do Paulistão de 1993 ou nossa primeira Libertadores?
Ao valorizar, com muita justiça, o período que vivemos, reduzimos parte fundamental da nossa história a um lugar comum, excluindo da reverência devida ídolos de toda uma geração.
A caracterização de períodos históricos deve ser um trabalho institucional feito com profundidade, ouvindo pensadores e historiadores do clube. Não é uma decisão que pode ser tomada por uma agência de publicidade.
Da minha parte, considero que essa geração atual é, no mínimo, a Quarta Academia. Fica, inclusive, essa correção para o meu texto anterior. Ou então, se quisermos um olhar para o futuro, que tenha uma identificação nova, adaptada aos tempos atuais de elencos que mudam rapidamente. Vale pensar em mais caracterizações que somam, não aquelas que excluem.
Já o reducionismo da nossa história, esse deixamos para os rivais. Felipe Giocondo é conselheiro do Palmeiras e um dos fundadores do Ocupa Palestra








Prefiro pensar que o termo "Terceira Academia" tenha surgido só agora, por falta dessa denominação ter sido evocada na época. Seria muito triste concluir que a diretoria atual queira reduzir a importância da dita "Era Parmalat"